Lenia: História de Origem

Lenia estava sentada em uma cadeira velha, de madeira, de frente para uma mesa redonda com algumas rachaduras. Em frente a ela um copo enorme de cerveja escura, ela estava sentada à janela, para a bela paisagem tropical da ilha em que morava temporariamente. À sua frente, seu tutor, sendo o responsável por seu treinamento e pelos serviços que ela recebia. O homem tinha um sorriso no rosto e bebia com a moça. Doze anos, Lê! Doze anos, é o aniversário de doze anos que cê trabalha com a gente! E é por isso que hoje vou te dar o maior presente da sua vida! ele virou o copo depois de falar, deixando a bebida escorrer pelos cantos da boca, lavando a barba porfazer.

Ele levou o copo de cerveja até a mesa, batendo ela contra a madeira com vigor. Um sorriso malicioso estampado em seu rosto anunciava o plano cruel. Vou te tirar desse lugar, arrumar um navio para você! Ou melhor... Roubar! ele então revelou o plano, olhando pelos cantos dos olhos à procura de possíveis ouvintes para sua conversa sigilosa.

Ele sorriu, percebendo a surpresa de sua pupila, nada o faria mais feliz numa data como esta. Mas é claro! O presente não é só o barco, é sua liberdade ele cruzou os braços, com um sorriso franco esculpido em seu olhar cerrado Digamos que este será nosso último trabalho juntos, está pronta? ele perguntou, um pouco mais sério agora.

O homem então retirou uma carta náutica de sua jaqueta, a posicionando sobre a mesa... Era um mapa antigo de Ceres, mas ainda tinha anotado boa parte das construções antigas, que existem até os dias atuais. A Marinha está agitada, toda essa comoção com a execução do Pirata Alma negra parece ter tirado a atenção do porto, afinal estão fazendo um bloqueio em Leyland ele apontou para a base da marinha no mapa, e, depois para o porto ao norte Fiquei sabendo de um grupo de mercenários atracados fora dos limites da cidade, estão aqui para negociar mercadorias e partirão em breve, um por vez...

Sagaz como sempre! ele fez um sinal de joia, parabenizando-a pelo raciocínio rápido. Então, ele recolheu o mapa e o enrolou, devolvendo ao bolso da jaqueta. O penúltimo navio acabou de sair, o próximo deverá partir amanhã de manhã, então temos até o anoitecer para atacá-los! ele então se levantou, ajeitando a roupa e deixando umas moedas sobre a mesa, pagando as bebidas.

Todo o bar parecia tranquilo, as pessoas que nele bebiam estavam afastadas o suficiente ou bebadas demais para ouvir algo. Ele então seguiu para fora do bar, enquanto Lenia o acompanhava, questionando sobre os preparativos, mas ele balançou a cabeça negativamente Apenas leve o seu equipamento, como de costume! a porta então é aberta, e, os dois caminham para fora do bar, encontrando uma rua próxima ao centro de Ceres. Mas, se estiver interessada, o Jerome me disse que um cara roubou um carregamento de remédios do Doutor, ele está perto do mercado, acha que consegue alguns anos de perdão?

Ele dá uma breve risada, olhando para o oeste, direção em que o mercado ficava Heh! Se der sorte consegue vender cada frasco por uns cinquenta mil, mas é só se estiver interessada, ou, quem sabe guardar para si mesma, nunca se sabe quando vamos levar uns tiros ele então começou a caminhar na direção leste, onde o esconderijo do grupo ficava. Após alguns passos, ele acena com os dedos sobre a cabeça Não se esqueça, ao anoitecer, me encontre perto do porto!

Lenia segue até o Mercado, na parte oeste da cidade. Com visão para o mar, e, a floresta aos arredores na parte mais extrema, ela ia caminhando pela estrada, acompanhando as primeiras lojas da fachada. É então que ela se depara com a loja de penhores, onde Jerome trabalhava. Ela poderia lhe questionar sobre o tal assaltante, ou explorar a região por conta própria em busca do criminoso.

Lenia continua caminhando pelo local, fazendo um breve reconhecimento para lhe refrescar a memória. A rua do mercado era uma rua longa e ampla, com ladrilhos de pedra que seguiam até um parapeito, onde o vilarejo encontrava um pequeno lago, separando a floresta das montanhas e a praia mais a oeste. A rua do mercado era composta por lojas em sequência, cerca de quatro ou cinco compartilhando o mesmo edifício, sendo as lojas montadas em galerias, entre cada edifício havia um beco, que compartilhavam trilhas e caminhos nos fundos. Aparentemente havia um armazém na rua debaixo do mercado, onde entregas são realizadas, o ataque parece ter acontecido ali perto.

Assim que passou pela porta, Lenia esbarrou com um cliente saindo a passos pesados, ele parecia irritado com algo, e, ao olhar para a loja percebeu uma espécie de ferramenta totalmente quebrada, com as peças caindo. Jerome rapidamente deu alguns passos, ficando na frente do produto. Mas é claro! Posso te ajudar com o que quiser, quando quiser e pelo melhor preço minha querida!