Giant: História de Origem - Concluído

A família Giant era um pequeno grupo de Tontattas destemidos. Alguns apenas queriam viver em paz, outros optavam por viajar o mundo, este é o caso da família de Dave. Eles deixaram o sossego de sua ilha natal e viajaram para Leyland, tentar a sorte em terras não muito exploradas. A tempos ouviram falar das riquezas de Astrea, uma ilha veranil, que despertou em seu pai um sonho de casa na praia.

Dito e feito, eles moravam ali por mais de um ano e meio, em uma região ao norte da ilha, longe da densa mata selvagem que os rodeava. Vez e outra estranhos viajantes passavam por ali, carregando baús, levando animais selvagens e todo tipo de movimentação estranha que não os dizia respeito. Um dia, porém, Dave estava explorando pela floresta até que se deparou com um homem andando em meio a selva, ele parecia perdido.

Os dois conversavam a menos de três metros de Dave, bem próximos da gaiola em que ele se encontrava. Mas não eram os únicos, do lado oposto ele ouvia passos e mais ao sul, ou melhor, na direção de suas costas, ele ouviu o grito do capitão ecoando com vigor. "Zarpar!", e então o som das velas sendo sopradas pelo vento ecoou forte.

Dave esperou por incontáveis horas até que finalmente pôde perceber através da luz do sol se esvaindo no horizonte, até que as conversas se tornavam mais amenas e menos frequentes e o som do oceano podia ser ouvido com mais clareza. Era noite e as coisas começavam a ficar mais calmas.

Dentro do navio, Dave observou todo o convés com paciência e calma. Apenas na parte superior ele contou quatro piratas, dois estavam mais próximos da proa, outros dois faziam uma patrulha, iam e vinham a cada cinco minutos. Ele também percebeu um outro pirata no ninho de pássaro no alto do mastro e outro pilotando o timão. Ele não sabia quantos descansavam no convés interior, mas, percebeu uma luz saindo pela janela da cabine do capitão abaixo da amurada do timão.

A noite passava, Dave acordava na manhã seguinte com o som dos piratas voltando ao trabalho. O som das ondas a quebrar ainda ecoava, o vento nas velas era constante, eles ainda estavam em alto mar e já estavam trabalhando. Ele sabia que era de manhã devido a luz do sol que brilhava pelo leste no pano que cobria sua gaiola.

Dave passou a noite na gaiola e, ao acordar, ainda permanecia escondido da tripulação. Retornando à sua tentativa de ouvir o que se passava, ele captou conversas indo e vindo, até que finalmente ouviu o que queria. Alguém se dirigia ao capitão, que aparentemente estava no controle do timão naquele momento.

Na manhã do dia seguinte, Dave ouviu o som de sinos e alta movimentação. Cordas balançavam, gaivotas cantavam. O navio parecia estar sendo atracado, deixado num porto misterioso. Caixas foram descidas, incluindo a gaiola que Dave estava. Cercado por um bando de piratas as palavras finais o trouxeram certo conforto. "Obrigado pela carona Albert! Agora vamos encher a cara no Pérola Negra, Gyagyagya!" e então, Dave sentiu o chacoalhar monótono de uma carruagem, após alguns minutos viu uma brecha para escapar para sua liberdade, saltando no meio da rua de uma cidade misteriosa sem um rumo certo a seguir.

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