Aslan: História de Origem

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Edward e Aslan chegaram à tribo juntos há vários anos, unidos pelo fio tênue da sobrevivência. Ambos eram escravos e carregavam em suas costas a marca do Sol. Apesar de anos compartilhando o mesmo espaço e ocasinalmente trabalhando juntos, não havia simpatia entre eles, apenas um respeito mútuo que pairava no ar, não declarado, mas palpável. Aslan sabia que, pelo menos, Edward não tentaria apunhalá-lo enquanto dormia. A lealdade dos dois à tribo era inegável, e ambos eram bons em matar.

Edward, por outro lado, tinha o dom de irritar Aslan, e não só estava ciente disso, como parecia gostar. A mera troca de olhares era o suficiente para fazer o leonino ferver de raiva, mesmo sem motivo aparente.

De garras vazias? suas presas protuberantes se destacavam ao falar.

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O leonino assentiu, balançando a cabeça. Vamos ficar de tocaia e atacar assim que eles terminarem de reabastecer os mantimentos. Temos que avaliar a presa, não podemos cometer o erro de enfrentar um corsário de alto escalão. Na selva ou no mar, o caçador podia facilmente se tornar a presa e ser engolido por uma fera maior. Aslan e Edward, embora tivessem sobrevivido ao teste brutal para ingressar na tribo anos atrás, estavam longe de serem os mais temíveis.

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Aslan caminhava se mantendo do lado oposto de onde o vento levava a fumaça do cigarro, evitando o odor insuportável. Por mais que o cheiro do cigarro o fizesse querer esganar Edward e realizar prematuramente o trabalho que o tabagismo faria com seu pulmão em algumas décadas, ele ainda seria útil por hora. Você sabe navegar? o leonino conseguia perguntar, apesar do mau humor.

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Aslan inspirou fundo, resistindo ao ímpeto de enterrar a cabeça do rapaz na neve. Como você planeja sair da ilha se nenhum de nós sabe navegar? O leonino proferia, expirando o ar guardado em seu pulmão com um rosnado baixo. Claro, havia maneiras de forçar alguém a navegar por eles, mas estariam à mercê desse navegador no alto mar. Ele poderia facilmente levá-los a uma armadilha ou até mesmo fazê-los se perder no oceano, matando todos a bordo.

Seu rosto pairava sobre o parquinho congelado, desviando seu olhar por um momento da fonte de sua dor de cabeça, Edward. Aslan refletia por um breve momento sobre a infância que nunca teve.

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O leonino se continha em apenas acenar com a cabeça em concordância. Ele trilhava em direção ao bar mais próximo, onde poderiam conseguir alguém com o conhecimento necessário para navegar.

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Aslan avançou até o bar, ouvindo atentamente os ruídos antes de entrar. O leonino deixava Edward seguir à frente, entrando momentos depois de constatar que não havia nada de errado. Com um olhar predatório, ele observou o ambiente enquanto se dirigia ao balcão.