Louise: História de Origem

Ao ouvir o baque do corpo caindo, encarei meu oponente pelo canto do olho, de modo que pudesse ter certeza de que ele ainda estava vivo. Sem receber um movimento como resposta, observei o céu no momento em que o relâmpago iluminou toda a praça. Respirei fundo, enquanto gotas molhavam o meu rosto e por um momento me esqueci da dor no braço esquerdo. Ao me virar, deparei-me com a arma do assassino que meu pai havia enviado. Agachando-me ainda com meus ferimentos ardendo, apanhei a garrucha e comecei a analisá-la. O homem contratado trouxe com ele apenas uma arma que poderia causar sérios ferimentos e isso a fez refletir sobre o tipo de monstro que meu pai havia se tornado ou talvez ele já fosse assim. Ainda sorrindo, Louise se levantou com a garrucha em mãos. Tentando não pensar muito nisso, levantei já guardando a garrucha. Eu poderia precisar de algo mais, além da minha lâmina, para me defender. Antes de começar a correr em busca de um local seguro, encarei o corpo do homem mais uma vez e pensei "Devo continuar. Preciso matar quantos forem necessários para conquistar minha liberdade e seguir os passos da mamãe".

Enquanto corria, observava todos os lugares, buscando um ambiente em que pudesse ao menos analisar as minhas feridas. Foi impossível não bufar quando ouvi os gritos e, olhando por cima do ombro, pude avistar os homens que estavam me perseguindo. Aquela maldita sensação de cansaço me abateu novamente, eu já estava me perguntando se foi uma boa ideia fugir, pois provavelmente teria que lidar com aquele tipo de situação por mais um tempo. Porém, ao mesmo tempo, ver aquelas pessoas confiantes de que iriam me pegar me enchia de adrenalina. Era uma boa forma de testar minhas habilidades e eu tinha plena noção de que não seria possível fugir o tempo todo, a melhor maneira de fugir seria derrotar meus oponentes. Parei bruscamente e dei meia volta, sacando meu sabre logo em seguida. Sem perder tempo, avancei na direção do oponente para cortar seu peito.

Ações: Ataque com Sabre.

Quando meu golpe foi defendido, foi como se uma descarga elétrica estivesse passando pelos meus braços. Minha primeira impressão foi que poderia ser um combate árduo. Se o combate fosse longo, eu poderia sair prejudicada por ainda estar ferida e minhas energias estavam se esgotando com o peso do punho do homem, mas ao ouvir sua sugestão, franzi as sobrancelhas e ataquei sem oferecer uma resposta.

Ações: Ataque com Sabre.

Sabre
Estado: Condição (Normal)
Detalhes: Dano (60), Crítico (+5, Cortante), Alcance (1M)

Pude sentir a roupa do meu oponente se rasgando junto da carne, quase se misturando, como se fossem um só. A sensação estava começando a se tornar familiar e, ao ver o sangue jorrando, tentei colocar na minha cabeça que aquela era a coisa certa a se fazer e pensei "Não posso deixar essas pessoas acabarem com o meu sonho". Meu segundo oponente me lembrou de que eu estava no meio de uma batalha e não tinha tempo para pensar, avançando com uma estocada. Em êxtase, defendi o golpe com o meu sabre, causando um impacto e fazendo-o perder o equilíbrio. Em seguida, girei a sua volta e golpeei seu tronco.

Ações: Ataque com Sabre.

Novamente, aquela descarga atingiu meu braço. Sentia que estava me forçando demais e o ferimento estava piorando quando aparavam meus golpes. Precisava terminar aquele duelo quanto antes e encontrar um local seguro.

— Chega de perder tempo. — quase sussurrei para mim mesma. Mantive a postura firme, apesar da dor, e avancei para um golpe preciso e fatal.

Ações: Ataque com Sabre.

Assim que ele começou a saltar para cima das caixas, não pude deixar de revirar os olhos. Esquivei-me das caixas que estavam sendo arremessadas e deixei de responder à pergunta do inimigo para fazer outra.
— Por que você está mantendo distância e dificultando as coisas para mim? — Minhas sobrancelhas continuavam franzidas. Esperei pacientemente todas as caixas disponíveis serem arremessadas e avancei novamente. 

Ações: Ataque com Sabre.

Meu coração estava disparado e eu estava sem fôlego no momento em que meu oponente caiu. Ainda estava tentando recuperar o fôlego enquanto vasculhava os corpos. A ideia de roubar cadáveres não me era muito atrativa, mas eu precisaria fazer aquilo para continuar viva e estar a um passo à frente, de certa forma.

Li atentamente a carta, pois qualquer informação sobre o meu pai e todas as medidas que ele poderia tomar para me capturar poderiam ser importantes para me dar alguma vantagem. Ainda era difícil para mim acreditar que ele estava mandando pessoas para me matar. Eu não entendia como isso podia estar acontecendo. Meu pai e eu éramos tão próximos, me parecia um absurdo ele não respeitar a minha decisão de ser livre como a mamãe. Não tinha culpa se ela o havia abandonado, podia ser triste para ele, mas tantos anos já haviam se passado e ele já deveria ter superado isso.
Sons ao longe me afastaram de meus pensamentos, tentando encontrar a origem. Acabei me deparando com silhuetas com uniformes familiares e todas vinham em minha direção. Sem pensar muito, agarrei os 200.000 belly e fugi.

Durante os três dias, só conseguia pensar no quão gratificante seria aproveitar aquela brisa matinal. Respirei profundamente, aproveitando tudo de agradável que o clima pudesse me oferecer e imaginava se a sensação de estar verdadeiramente livre seria como aquela. Enquanto caminho pela cidade e observo todas as barracas vendendo alimentos, meu estômago começa a roncar. Fazia umas boas horas que eu não me alimentava e pensei que fosse uma boa ideia aproveitar a tranquilidade do momento para comer algo. Me aproximei de uma tenda de frutas que chamou minha atenção.

— Com licença, essas frutas estão lindas. Acredito que nunca as vi com uma qualidade tão grande.

O cheiro daquelas frutas parecia dominar aquele espaço. Me aproximei, examinando cada uma. Me permitindo até mesmo sentir o cheiro de pertinho e, nesse exato momento, meu estômago roncou ainda mais alto. Podia sentir minhas bochechas ficarem quentes e quase cortando o vendedor, anunciei.

— Vou levar uma de cada! — com um sorriso no rosto.