Oliver: História de Origem - Concluído

A vida no selvagem era algo comum para Oliver. Ele nunca trabalhou em sua vida, nunca se preocupou com ciências exatas ou quaisquer tipos de preocupações como essas. Ele era um guerreiro, um lutador. Seu sustento era a sua espada e ele vivia de recompensas de criminosos, serviços como guarda costas e atividades do tipo.

Há três dias, Oliver estava viajando pelas redondezas de um vilarejo em uma distinta ilha da Grand Line quando ele teve a sensação de estar sendo seguido, mas nada aconteceu... No dia anterior, ele achou estar sendo seguido em uma estrada humilde do vilarejo próximo. Neste dia em questão, ele estava descansando em meio a floresta quando percebeu um vulto a mais de cem metros, bosque adentro.

Oliver precisava encontrar alimento, então, focou em seus sentidos para tentar perceber os arredores. Ele ouvia o canto de pássaros noturnos ao longe e até mesmo o ecoar do uivo de um lobo perdido. Caçar a noite talvez não fosse a melhor opção, mas era uma das que ele tinha. Assim como procurar frutas, apesar da escuridão o atrapalhar.

Oliver começa a buscar pela floresta, seguindo seus instintos e sua força de vontade em busca de recursos. Ele caminha por alguns minutos mas sua caminhada parecia não resultar em nada, nada de alimento nem animais para caçar. Para sua sorte ele encontrou o que parecia ser uma praia algumas dezenas de metros mais adiante, era uma luz em meio a escuridão, a luz do luar refletindo no oceano que lhe trazia conforto.

Oliver caminha até a margem da floresta, respirando o ar puro enquanto sentia a brisa das ondas, ouvindo o som da água se chocando repetidamente contra a areia. Era uma sensação muito agradável que o trazia certa paz. Foi então que olhando ao redor ele notou um pequeno navio ancorado nas margens da praia, a cerca de um quilometro.

Oliver se aproximou um pouco do navio até perceber que parecia haver alguém nele, uma pessoa estava no convés encarando a ilha, parecia usar um telescópio e buscava obter informações visuais do ambiente. Era um pirata, porém não parecia o pirata de mais cedo. Oliver percebia também que caso continuasse a se aproximar seria visto.

Após dez minutos de observação, as pernas de Oliver começam a coçar. Ele se sente incomodado com a espera. Ninguém aparecia e o homem no barco por vezes sumia, indo até o convés interior e voltando em menos de cinco minutos. Talvez seja o navio dos piratas que ele encontrou mais cedo.

As pernas de Oliver, incomodadas pelo tempo que permaneciam imóveis, o forçaram a se mover um pouco. Espiando o navio, ele usou o momento em que o guarda estava ausente para deslocar-se mais para o leste, contornando a floresta e obtendo uma visão diferente do navio a partir de outro ângulo, mantendo-se ainda oculto entre as árvores. A uma distância de cerca de vinte metros da praia, no entanto, as informações eram limitadas; o pirata a bordo não parecia disposto a descer, e a pessoa que ele esperava ainda não havia chegado.

Oliver pacientemente aguardou até que o inimigo saísse de seu campo de visão, observando o navio à distância. Quando o pirata retornou ao convés interior, criando uma oportunidade para Oliver colocar seu plano em prática, ele não hesitou. Movendo-se furtivamente, avançou pela praia e correu em direção ao mar, garantindo que suas pegadas fossem praticamente invisíveis para o pirata no navio ancorado. Ao mergulhar na água, no entanto, um arrependimento imediato o atingiu. A temperatura gelada do mar tornou a nadada desafiadora. Apesar de ter se tornado invisível para o pirata que monitorava a praia, suas roupas encharcadas pesavam sobre ele, e a respiração gélida causava dor em seu peito. Determinado, Oliver nadou até o barco, e quando estava prestes a subir a bordo, ouviu o pirata retornando ao convés interior, retomando sua vigilância atenta.
.

Oliver, com parte de seu corpo submerso, mantinha-se firmemente agarrado ao casco do navio. Seus dedos buscaram a corrente da âncora, e com esforço calculado, começou a içar-se, em uma tentativa meticulosa de evitar ser percebido. Entretanto, a situação escorregava gradualmente para fora de seu controle. À medida que subia e escalava, gotas de água começaram a respingar de volta no oceano, quebrando o silêncio monótono das ondas. "Hmmm?" O pirata, na popa do navio, parecia ter detectado os sutis ruídos que escapavam da operação sorrateira de Oliver.

No momento em que Oliver tentava descer das correntes que prendiam a âncora com cautela, um deslize resultava em um pequeno estardalhaço, fazendo as correntes chacoalharem contra o mar calmo. A voz do pirata, aguçada pela tensão, ecoava pelo convés, rompendo o silêncio noturno. "Quem está aí?" bradou o pirata, sua espada reluzindo ao ser desembainhada. A urgência se instalava, e Oliver se via diante de uma escolha crucial: Subir rapidamente para o convés ou se lançar ao mar, buscando escapar da iminente detecção do pirata.

Diante do impasse, Oliver optou por concluir a escalada do navio, emergindo no convés. No entanto, seu avanço não passou despercebido. Um pirata, surpreendido pela invasão, se apresentou de maneira hostil, armando os punhos e exibindo suas manoplas de metal. "Miserável, capitão!" berrou ele, denunciando a presença do intruso no navio. O cenário ganhava um tom de tensão, com o metal das manoplas cintilando à luz do luar, e o vento marítimo intensificando o momento de confronto iminente.