Hazel: Aventuras Gélidas

Hazel havia acabado de atracar no local com a Canhoneira, o vento gélido ia de encontro imediato com sua pele, fazendo seu corpo sentir calafrios e rapidamente começar a perder temperatura. Alguns dos habitantes encaravam a embarcação, mas, nenhum problema aparecia até então, Hazel estava livre para se movimentar no local, a vila parecia bem movimentada no momento.

A mink ficava confusa, movendo a mão para colocar sobre o ombro de Hazel gentilmente, achando que se tratava de uma criança com deficiência visual ou algo do tipo, falando com uma voz calma e um sorriso encantador.

Observando a constatação de Hazel, a mink tentava se explicar, porém, percebia que seria muito difícil, dando com os ombros antes de continuar, tentando trazer exemplos antes de qualquer explicação, deixando aquilo mais fácil de se entender.

A mink parecia ficar feliz, sorrindo enquanto continuava a falar com Hazel, prosseguindo para pegar sua mão e lhe guiar pelo atelier, mostrando suas roupas e afins. Dentre elas, muito com tecidos acolchoados e que proporcionavam uma boa aparência, além de um corpo quentinho.

Olhando para você e depois para as roupas, vendo seu rostinho e estatura de criança, a Mink se deixava levar pela impressão de que você era uma criancinha com frio, principalmente por té-la chamado de Tia. Pensando um pouco, ela ia em direção do balcão, pegando uma pequena pochete e lhe entregando.... Depois de falar, a Mink sorria, lhe dando a pochete enquanto pegava uma roupa um pouco mais alcochada e surrada, lhe dando, sendo o suficiente para sobreviver enquanto estivesse na parte civilizada e sem muitas nevascas de Leyland.  

"É um poodle com pelo preto!" — Hazel ouvia enquanto se retirava pela porta. Saindo, seus companheiros ainda estavam ali em espera pelo seu capitão, contudo, o que mais chamava a atenção do garoto, era a neve no chão.

Observando com grande percepção, Hazel conseguia ver algumas patas pequenas de algum animal, em meio as botas e sapatos usados pelos habitantes de Leyland. O rastro de patas ia para a rua central da cidade.

Indo para o centro da cidade, as coisas ficavam mais complicadas. Carruagens, cavalos, pessoas e muitas pegadas, era difícil sequer distinguir algo do tipo, entretanto, a sorte de Hazel estava em dia. Quando se virava em meio a confusão de pegadas, percebia um prédio luxuoso, indicado com uma placa como um restaurante. Pela estatura do local, era algo de alta classe, mas, mais importante que isso, a maioria das pegadas eram concentradas em adentrar o local, deixando livre a outra parte da rua, onde pequenas patas de um animal menor caminham, seguindo para a saída da cidade.

Se afastando um pouco da civilização enquanto perseguia as pegadas, Hazel se deparava com um pequeno cachorro preto latindo para algo. Conforme se aproximava, via que o cachorro estava na verdade conversando de forma animada, latindo e saltitando enquanto olhava para um amontoado de neve. Se aproximando ainda mais para ter uma visão melhor, Hazel conseguia ver um cachorro amarelo parado segurando algo.

Assim que gritava pudim preto, o cachorro da mesma cor ficava um pouco assustado, todavia, seu primeiro sentido aguçado lhe fazia tomar outra decisão invés de correr. O cheiro da pochete que Hazel carregava, chamava a atenção do cachorro, que vinha em direção do mesmo, cheirando seupé com interesse.

Enquanto isso, o cachorro amarelo permanecia parado, como se encarasse sua alma, latindo mais algumas vezes antes de se aproximar também com curiosidade. Ele estava segurando em uma de suas patas, o que parecia ser uma carta, por mais desconfortável que fosse carregada sendo um quadrupede.

Enquanto você o fazia, o pudim preto mordia sua pochete dada pela Ursa, arrancando de você e cheirando ,tentando ver o que tinha ali. O cachorro amarelo comia a fruta estranha, soltando a carta que você rapidamente pegada. A fruta tinha um gosto extremamente ruim, deixando o animal um pouco irritado, mas, ele já tinha te dado a carta, então não havia muito o que ser feito. Ele começava a latir para devolver a carta.

Ele olhava para você com uma feição irritada... Feição? O rosto dele ficava mais expressivo e ele se levantava sobre duas patas, pegando a banana e jogando na sua direção.