John: Em busca do Tesouro

Era uma bela manhã em Porto Real. Enquanto o sol começava a iluminar o porto, John finalizava os últimos preparativos para a jornada à frente. Com alimentos armazenados, equipamentos prontos e, o mais importante, um mapa do tesouro em mãos, ele se encontrava dentro da pequena cabine da saveiro. Enquanto suas companheiras se ocupavam preparando o barco, erguendo a âncora e aguardando suas ordens para partir, John estava imerso na análise do mapa que repousava sobre a mesa do capitão.

John coletou sua rede de pesca e um pequeno pedaço de pão para tentar pescar durante o entardecer. Sentado sobre uma caixa de madeira ao lado da amurada ele atirou tudo com a isca. Esperando por aproximadamente uns dez minutos ele olhou novamente e percebeu que as iscas haviam sido todas devoradas e nenhum peixe capturado, um infortúnio para o pirata amador em pescaria.

John mergulhou nas águas calmas da costa da enorme ilha. Sua respiração se misturou ao som do mar e ele sentiu a maresia enquanto nadava em direção à praia. Ao emergir, John encontrou uma extensa faixa de areia, repleta de rochas e conchas. A praia se estendia para o norte e para o sul, abrindo caminho para um vasto bosque que se projetava junto da praia.

John tomou a questionável decisão de se embrenhar no meio do mato, indo para o coração da floresta, a área de maior risco e que poucos exploradores, inclusive os experientes conseguem sobreviver. Mas o que são apenas rumores? Ele adentrou o bosque e seguiu em frente. Os sons selvagens da natureza ecoavam, o caminho parecia se tornar mais denso a cada passo. Eis que ele começa a ouvir sons de pássaros estranhos, ecoando ao seu redor. Até o momento, John seguiu por uma trilha de areia, mas ela chegava a um fim, dando lugar apenas para uma grama alta.

John usa sua tocha e o isqueiro para produzir fogo. Ele se aproxima da vegetação e ateia fogo em um arbusto, que, rapidamente começa a se alastrar pela grama e na direção das árvores mais próximas. Em questão de minutos, toda a região estava pegando fogo, sem um caminho exato por onde ele poderia seguir.

A região era lentamente devastada, alguns animais desapercebido como pássaros, cobras e pequenos filhotes de macaco caiam dos galhos, incinerados no chão, outros ainda berravam de dor a medida que o fogo avançava. Uma cena brutal presenciada pela imediato do capitão John. Que apenas andava sem nem se importar com a vida selvagem. Com o caminho aberto, John teve uma boa visão para algumas colinas e montes mais adiante, apesar do fogo rasteiro.

Conforme John seguiu na direção da colina, avistou a figura do que parecia ser uma pessoa com as mãos na cintura, a figura estava virada na direção do incêndio, ela segurava algo que parecia ser um binóculos em suas mãos. Como estava a cerca de cinquenta metros, John não conseguiu perceber muitos detalhes, se não que ela apontou em sua direção e berrou alguma coisa.

Quem você pensa que é? Seu idiota! John reparou que se tratava de uma bela mulher no topo da colina. Ela estava com as mãos na cintura, mas cruzou os braços e se aproximou dele de forma hostil, indagando ele com o dedo apontado para seu peito. A moça batia o pé no chão, voltando a cruzar os braços. Sabe o que acabou de fazer? ela questiona lhe dando uma baita bronca.

Que nojo! Pirata nojento ela se afastou, erguendo o lábio superior em desgosto as palavras de John. Você acabou de destruir uma região inteira e não catalogada de ervas, animais e plantas, seu monstro! Como vai pagar por isso? ela indagou, agarrando John pelo colarinho e logo o empurrando para trás, voltando a cruzar os braços, completamente indignada.

Não mude de assunto! Você causou danos irreversíveis ao ambiente, agora você se redimir de alguma forma ela leva a mão até o queixo, pensando por alguns segundos, enquanto virava o olhar para um lado e para o outro Já sei! ela ergue o dedo, chegando a uma ideia Você vai vir até o acampamento e me ajudar ela acenou positivamente com a cabeça, reafirmando as próprias palavras.

Primeiro vão pagar pelo que fizeram com muito trabalho e esforço, depois, eu penso em dar uma olhada no mapa ela parecia algum tipo de professora dando uma lição de moral misturada com uma bronca. Com os braços cruzados e o queixo erguido, ela esperava a confirmação de que acatariam os trabalhos para compensar os estragos que fizeram na floresta ao redor.