Finalizado - Hazel: O convite

Três meses haviam se passado desde a execução do Lendário Alma Negra, você decidiu sair pelos mares explorando por aí em busca de aventuras que fizessem seu sangue ferver, mas coisas estranhas começaram a acontecer desde a guerra... As pessoas começaram a olhar para você diferente, algumas queriam sua atenção em demasiado e outras até começavam a se afastar de ti.

Conseguiu levar isso em frente sem nenhum problema, até mesmo se envolveu em algumas brigas quando visitava alguma ilha aqui ou ali. E era isso que você estava fazendo, após achar um mapa perdido em um bar, conseguiu descobrir que a ilha que o mapa guardava a informação era Astera e para lá você foi, explorou por um bom tempo antes de ser abordado por um grupo de caçadores, seu líder toma a frente dizendo em voz alta   Moleque! Não dificulte as coisas, aceite de bom grado a oportunidade de ao menos estar vivo Ele requisitava   renda-se ou não pouparemos você  

   

Sendo guiado pelo olfato, você vai na direção de onde vinha aquele cheiro que de pouco em pouco se tornava mais intenso, alguns breves minutos se passam e você tem uma visão de algo que animava a sua noite a ponto de dar esperanças naquele lugar abandonado. Luzes emanando de um único ponto na floresta, coincidentemente o cheiro de algo sendo cozinhado, você andou em direção a essa luz com certa pressa até você dar de encontro com dois pequenos lagartos, com roupas tribais, tentando cozinhar um homem aparentemente vivo numa fogueira enquanto eles conversavam entre si.

--   Mrrrgll, RwlRwl Mllgggrrrr! Você nota o pequenino andando de um lado para o outro um pouco impaciente e certamente cabisbaixo, ele passa um tempo usando sua lança como apoio esperando que seu humano fique bem cozido, mas ele parecia insatisfeito com aquilo.

O lagarto se revolta, seu companheiro também, ambos te encaram com curiosidade e raiva, nenhum humano tinha a audácia de entrar em seu território e simplesmente fazer isso. Você, perto o suficiente consegue percebeu que aquele homem que estava sendo cozinhado já estava morto, provavelmente de afogamento, por não ter nenhuma marca em seu corpo das armas daqueles pequenos lagartos. O lagarto verde gesticula para tentar se comunicar com você, primeiro abrindo a palma da mão na frente de seu próprio corpo. Depois apontando para o  corpo morto, depois ele faz um gesto semelhante a jogar uma rede no mar e depois começava a puxar Mglrmgl N Flllurlokkr, Mrrrgll. ele tentava falar com você enquanto gesticulava e depois apontava para você com a palma da mão virada para cima, perguntando se você também queria   Mmm-, Mmmrrglllm Mllgggrrrr?

Roupa? O outro lagarto dá um tapa na cabeça do que você tava conversando, como se tivesse avisado que tinha algo errado, eles começam a brigar entre si por uns instantes, mas voltam a atenção para você, o que você estava conversando assente com a cabeça ao ouvir sobre temperos e ter a cabeça acariciada e depois vai correndo para a mata como se tivesse indo buscar algo. O outro réptil começa a tentar ligar o fogo novamente.

Você se levanta para partir, indo de volta para o caminho que viera, mas dessa vez, percebendo graças a luz do luar, que agora consegui penetrar entre a copa das árvores, que o caminho que tu seguia tinham marcas de pegadas, de algum tipo de calçado pesado.

Seguindo as pegadas você dá de cara com um enorme lago, que se destacava justamente pelo fato e as árvores estarem relativamente afastadas dele e toda a luz do céu ir diretamente ao espelho d'água, fazendo com que todo o seu arredor esteja bem iluminado. Aquele lugar límpido e pleno passava a sensação de paz para ti, os sons dos animais certamente diminuiu a ponto de você apenas escutá-los de fundo, assim como toda aquela hostilidade promovida pelo ambiente tinha desaparecido.

Você nota as pegadas indo para a sua esquerda, onde ao olhar para o horizonte conseguia ver por cima das árvores a presença de um pico.

As quicadas da pedra ressoava por todo ambiente através de um eco inexplicável, aquele lugar realmente aparentava ser mágico em comparação com todo ambiente à seu redor.

Seguindo em direção ao pico você nota que as pegadas foram ficando ainda mais pesadas, talvez demonstrando alguma pressa da pessoa que seguiu naquela direção, a luminosidade ia diminuindo devido ao fato de estar se afastando do lago, mas acreditava que em poucos minutos seguindo naquela direção você chegaria até a base do pico.

Seguindo os rastros tu dá de cara com uma pequena fenda na base do pico, dando indício de ser uma caverna, porém não tão longa. O cenário que antes era tomado por árvores começa a se dispersar e uma nova ambientação lhe recebe, chãos de areia mais rígida que as da praia, o ambiente era menos úmido e também com temperaturas mais amenas. As pegadas começavam a ficar mais escassas próximos ao fim do terreno de terra, até se dissiparem por completo.

Visivelmente confuso, ele manteve parado no mesmo lugar olhando para o mapa, vendo que realmente não tinha nenhuma pegada nele, apesar de ter um círculo vermelho próximo da área onde ele aparentemente estava atualmente.

Ao entrar na caverna você sente um odor forte, aquele cheiro te trazia um desconforto enorme a ponto de seus olhos lacrimejarem e a narina queimar. A caverna estava escura e silenciosa, exceto pelo som de respiração de algum animal grande. O ar estava parado, e apenas o som da criatura fazia ecoar pela caverna, como se o tempo tivesse parado.

Ao adentrar mais na caverna podia ter uma visão mais clara de qual criatura se tratava, um enorme Gorila. Sua pele escura de alguma forma contrastava naquele ambiente, brilhando no escuro, e seus olhos fechados pareciam buracos negros que sugavam a luz. Ao seu lado, um baú de tesouro brilhava com ornamentos dourados, como se guardasse um segredo muito importante ao ponto daquela magnitude tê-lo ao seu lado. O silêncio era interrompido apenas pela respiração profunda do animal, que parecia proteger aquele tesouro.

Hazel se prepara como um verdadeiro ninja, criando até mesmo a própria trilha sonora em sua cabeça, com passos suaves ele vai tentando andar pela caverna sem fazer barulho, até acabar se empolgando na própria trilha sonora e acabar aumentando o som. No momento em que ele começa a cantarolar mais alto a criatura abre seus olhos. O ruivo podia ver aqueles olhos brilhantes no fundo da caverna e eles o encaravam a ponto de sentir sua alma ameaçada.

O Gorilla se levanta, demonstrando seu porte físico e altura para Hazel, batendo ambas as mãos no peito e urrando -- URRGHRR! -- Emanando por sua boca o bafo que condizia com o cheiro podre que permeava a caverna. Ele bate com ambas as mãos no chão e o ameaça com mais um urro -- ARRGHHRRH! -- Mantinha uma respiração pesada.

Mas ele parecia não ter te visto, apenas ter ouvido algum som que o despertou, ele procura algo em meio a escuridão da caverna mas não consegue discernir o que era e decide se deitar novamente, juntando seus braços em frente ao corpo e olhando para a entrada da caverna.

Quando você se aproximou do baú e tentou abri-lo, perdeu a noção do tempo encarando o que tinha dentro. Moedas de ouro e um papel com escrituras feitas em ouro acima da pilha. Mas quando você menos espera, sente a respiração pesada da criatura indo em sua direção, com aquele odor pútrido ainda mais presente. O Gorila estava à um metro de você, lhe encarando com um olhar extremamente sério, ele não precisava nem gesticular para você entender a mensagem que ele queria passar "O que diabos está fazendo?"

Ele começa a bater nos peitos muito forte para lhe amedrontar e começa a expandir seu corpo para aumentar seu perfil, usando uma estratégia básica da selva para demonstrar força. Ele lhe ameaça com rugidos e urros.