Sarah: O Pano Cativo

Sarah e Mary trocaram algumas palavras, e, aquilo a fez tomar uma nova decisão... Vasculhando os pertences dos piratas, Sarah encontrou 330.000 Bellys e uma pistola com cada uma das atiradoras. Com o grandalhão, sentiu um enorme alivio ao encontrar um frasco inteiro de um remédio grande. Ela já podia sentir o sabor quente daquele remédio com gosto de morango. Enfim, Sarah ergueu o punho e notou que o Vivre card apontava diretamente para uma montanha em frente a clareira onde estavam. Montanha esta que jazia adornada pelo que parecia ser um forte.

Sarah tomou o remédio em um só gole, sentindo a energia voltar ao seu corpo. As dores dos combates parecem sumir magicamente. Ao sair do Leão Lunar, ela se virou para Mary refletindo sobre o acontecido. Mary, ainda com alguns ferimentos assentiu, ao menos evitaria os próximos combates Sarah rapidamente contatou Scarlet pelo Caracol Comunicador, orientando-a de como as alcançar. Em poucos minutos, Scarlet chegou ao ponto de encontro.

As duas então foram até as piratas nocauteadas. Mary colocou uma das prisioneiras sobre o ombro e Scarlet fez o mesmo com a outra. Sarah observou as duas tripulantes se afastarem, olhando-as até desaparecerem em meio ao matagal.

Sarah avançou correndo em direção à montanha. Conforme se aproximava seu olhar afiado captou a silhueta de uma fortaleza, destacando-se no horizonte. A estrutura robusta era cercada por altos muros de madeira reforçados, com torres de vigia nos cantos. O terreno ao redor era vasto, e a estrada que conduzia diretamente à entrada principal, uma rota fácil, mas perigosa. Ela sabia que seguir por ali a deixaria completamente exposta aos olhos atentos dos vigias.

Sarah se encontrava a cerca de cinquenta metros da fortaleza, a vegetação densa à sua frente ofuscava parcialmente a visão da estrutura, mas não o suficiente para esconder seus detalhes mais importantes. Ela pôde notar que os muros de madeira eram incrivelmente próximos à vegetação, quase se misturando com as árvores e arbustos ao redor. Além disso, as paredes rochosas da montanha ao lado da fortaleza ofereciam uma rota alternativa para alcançar as defesas. As torres de vigia estavam posicionadas de forma estratégica, mas parecia haver pontos cegos nos quais Sarah poderia se aproveitar, por entre a floresta mais densa. Apesar do porte daquela fortaleza, ela não parecia ser tão bem protegida quanto se poderia imaginar.

Enquanto Sarah avançava pela floresta seus sentidos aguçados captavam apenas o silêncio. Não havia sinais de movimento ou vozes. O terreno ao redor da fortaleza parecia deserto, mas sem areia, o que apenas aumentava sua desconfiança. Quando finalmente se aproximou dos portões de madeira maciça, observou que embora trancados não havia vigias à vista. Nenhum soldado ou pirata para barrar sua entrada.

Sarah se moveu com cautela, contornando a propriedade em busca de uma entrada alternativa. Seus olhos atentos captaram uma porta na lateral oposta, discreta, quase oculta pelas sombras projetadas pelas paredes da fortaleza. Era feita de madeira robusta, com grades resistentes entrelaçadas por uma corda escura, menos chamativa e bem menor do que a entrada principal. Ao se aproximar, percebeu um grande cadeado enferrujado que a mantinha trancada pelo lado de dentro. O metal parecia antigo, mas sólido o suficiente para resistir a uma força bruta.