Sarah: O Pano Cativo

Era uma manhã ensolarada. Sarah a pouco deixou o estabelecimento de Philip Wilhem, o ferreiro de porto real. Quando a jovem ergueu a joia contra o sol, viu seu belo reflexo, a guardou e seguiu caminhando em direção ao centro da cidade. Seu destino, como poderia se supor, era o seu navio. Reencontrar suas companheiras e planejar seu próximo destino. Foi então que seus planos foram interrompidos por um curioso cheiro que vinha de um rapaz sentado na beirada de uma varanda, sobre o assoalho de madeira que servia como fundação da casa, suspensa sobre a areia.

— Sarah continua a correr, se mantendo atenta ao caminho que tomava para evitar surpresas.
— A medida que avançou, notou algumas pessoas alarmadas, incluindo um velho sentado no chão esfregando a perna.
— "Loucos!" ele reclamava, brandindo a bengala.
— Ao avançar mais um pouco, Sarah notou que a fumaça de fato vinha do porto.

— Sarah continuava a correr, mas, começa a desacelerar ao reparar no homem caído.
— Ela então caminha até o velho, reparando em suas roupas simples, a barba desgrenhada e a feição entristecida.
— Quando ela fala, capta a atenção do velho triste e reclamão.
— "Dois malucos numa carroça, quase me atropelaram!" ele explicou.

Refletindo nas poucas informações que obteve, se limitou a ajudá-lo a ficar de pé. Antes que ele pudesse agradecer, a Mink seguiu correndo na direção do porto. Sarah desceu por uma trilha entre algumas casas e passou por uma ponte. Correndo até ter uma visão da praia e do porto, ela se deparou com a origem daquela fumaça toda. O píer em que seu barco estava ancorado estava pegando fogo, seu mastro partido e a bandeira desaparecida. Sarah não obteve nenhum sinal de seus companheiros, mas havia alguma comoção ao redor das chamas.

Sarah correu fervorosa até alcançar a multidão. Chegando perto notou a presença de Fernando e outros trabalhadores do porto. Perto de três caixas estavam suas duas companheiras. Infelizmente, Mary parecia estar inconsciente. Apesar do mastro quebrado, o navio não parecia ter maiores avarias, além de sua bandeira ter sido roubada. Fernando e os trabalhadores tentavam apagar o fogo usando baldes.

Sarah se aproximou de Fernando enquanto os demais trabalhavam. O gigante a encarou e na mesma hora retirou algo de seu bolso. Era um pequeno pedaço de papel. "Não sei quem foi, mas quer ser encontrado" ele deu o papel para Sarah, que ao pegá-lo em sua mão percebeu que estava em branco.

Sarah questionava Fernando, que ficou confuso com sua pergunta. "Como assim? E você vai para onde sem um barco?" Depois ela questionou quanto ao tal papel estranho que estava em branco. "Isso é um Vivre Card, aponta para a pessoa que está conectado" ele respondeu.

Fernando observou o mastro, enquanto as chamas terminavam de ser apagadas. Ele deu de ombros, depois juntou os dedos em frente a boca e assobiou "Vou pedir para os rapazes darem um jeito, mas pague uma bebida para eles" o meio-gigante comentou, caminhando de volta pelo píer.

Suas companheiras pareciam estar bem, pouco a pouco Mary recobrava a consciência. Os rapazes de Fernando trabalharam rapidamente, erguendo o mastro caído e fixando-o com placas de madeira e pregos compridos e espessos. Não havia muitos estragos além do mastro então em questão de minutos estava inteiro novamente.

As duas que presenciaram o ataque se lembram claramente de terem enfrentado dois homens peixes acompanhados de um grupo de piratas. Eles atacaram o navio e explodiram o mastro para roubar a bandeira, depois, fugiram com duas Canhoneiras e os homens peixes saltaram para o mar. Sarah então se levantou e foi até o bar do pérola negra, não demorando muito para chegar lá.

Rebecca ergueu uma das sobrancelhas ao ouvir sendo chamada "Rebecca!" ela corrigiu, puxando uma garrava da prateleira ao lado sem nem olhar "Cerveja comum" ela respondeu, colocando-a sobre a mesa. Com o indicador, apontou para uma placa de preços informando os 6.000 .