Sarah: O Pano Cativo

Era uma manhã ensolarada. Sarah a pouco deixou o estabelecimento de Philip Wilhem, o ferreiro de porto real. Quando a jovem ergueu a joia contra o sol, viu seu belo reflexo, a guardou e seguiu caminhando em direção ao centro da cidade. Seu destino, como poderia se supor, era o seu navio. Reencontrar suas companheiras e planejar seu próximo destino. Foi então que seus planos foram interrompidos por um curioso cheiro que vinha de um rapaz sentado na beirada de uma varanda, sobre o assoalho de madeira que servia como fundação da casa, suspensa sobre a areia.

A moça sorriu ao ouvir as palavras de Sarah "Claro que é bom, afinal..." ela falou e no mesmo instante o outro completou "Somos os melhores no que fazemos" bateram as facas que usavam umas contra as outras. "Somos Hamburgueiros, basta pedir" o rapaz falou "E preparamos do sabor que quiser" a moça completou.

"Impossível!" ela gritou ao ouvir a palavra "Cola" com fogo crepitando ao redor de seu corpo e os olhos envergados como foices. "Salmão serve" o rapaz completou, e, os dois rapidamente começaram a trabalhar. Não demorou nem dois minutos até servirem o lanche sobre o balcão, e, com uma garrafa de cola ao lado.

"Nunca!!" a mulher berrou, apontando a sua faca de cozinheiro na direção de Sarah, enquanto a luz do sol refletia na ponta da mesma. "Eu adoraria te ensinar uma coisa ou outra... Mas infelizmente" ele retirou o chapéu de cozinheiro com um olhar entristecido no rosto "Você é nosso alvo!" a moça complementou, com um sorriso malicioso no rosto, foi então que Sarah sentiu em meio aquele turbilhão de sabores, gordura e molhos que agraciavam sua boca com prazer, ela mordeu algo que parecia mais consistente e com uma casca, exalando um gás amarelado que a fez cair no chão.

"Morre! Safada!" ela gritou mais uma vez, saltando por cima do balcão da cozinha e caindo ao lado de Sarah, erguendo o queixo dela com o polegar e o indicador. A moça então avançou na sua direção, mordendo o ar "Guarde o charme, madame, não vai funcionar com ela" o rapaz puxou a irmã pelo ombro e saltou para a cela do cocheiro, açoitando o cavalo que disparou pela estrada na direção da cidade.

Lutando contra o vício e a paralisia, Sarah conseguiu superar o veneno, se sentou e abriu a garrafa de cola. Enquanto a carroça sumia no horizonte em direção a cidade, ela refrescava a garganta com aquela bela bebida geladinha e cheia de gás.

Sarah estava pronta, preparada para correr atrás dos fugitivos, ela tocou o próprio corpo, desaparecendo em pleno ar e retornado a aparecer metros adiante, depois, ao aterrissar começou a correr freneticamente pela estrada. Foi então que algo explodiu em seu pé, criando uma cortina de terra e areia que impediu seu avanço. "Onde pensa que vai, florzinha?" surgiram então dois espadachins e uma pistoleira mais atrás, acompanhada de um lagartinho. Ao lado de uma árvore, sete metros à esquerda, estava um enorme homem sentado sobre uma caixa, descascando uma manga com um canivete. "Está com pressa?" ele perguntou cheio de malícia.

Sarah avançou contra o pirata, surgindo atrás dele e aterrissando suas mãos contra o solo. Os pés começaram a girar e ele levou um golpe em cheio no peito. O som do impacto ecoou, ele recuou, se permitindo ser projetado para trás. A eletricidade marcou a área atingida. Ele rangeu os dentes e após recuar oito metros puxou uma arma mediana, com um longo tubo. "Surpresa, filha da puta!" o gatilho é apertado e um projétil explode ao lado de Sarah, lhe atingindo com uma cortina de chamas e pólvora. Os espadachins se distanciaram quatro metros um do outro, ficando na frente da atiradora e cinco metros de Sarah. A atiradora correu sete metros para trás, ficando a quatorze de Sarah, assim como o lagarto que a acompanhou. Ambos dispararam, a lança voou e caiu no chão ao lado de Sarah, já o disparo da mulher atingiu seu braço de raspão.

Sarah se aproxima do espadachim de cabelos claros, lhe encontrando com um golpe na cara. O soco o faz cair para trás, sendo projetado contra o chão violentamente. Com um oponente a menos e um caminho quase limpo, Sarah é surpreendida por outro tiro explosivo que fere superficialmente seu corpo. O outro espadachim cobre a distancia entre eles, desferindo um golpe na direção do peito da lutadora, que se defende habilmente. Enquanto isso, novos disparos da atiradora e do lagarto passavam em branco.

Sarah acerta um golpe no segundo espadachim, o nocauteando sem dó. Depois, pega sua pistola e atira contra o lagarto que cai sem vida no chão. Nesse instante o brutamontes com o lançador de granadas gargalha "Wahaha, você perdeu!" e então, agarra a atiradora e começa a correr, saltando por cima de uma moita e fugindo do combate.

— Sarah mantém sua forma de leão lunar ativa para se aproveitar de sua velocidade melhorada.
— A jovem Mink correu pela trilha de terra de porto real seguindo na direção da cidade.
— Ela então decide usar o ambiente para favorecer sua movimentação.
— Infelizmente o que havia ali eram apenas palmeiras e coqueiros, então ela acaba é perdendo um pouco de tempo.
— Chegando na cidade, correndo feito um raio, as pessoas começaram a bisbilhotar a estranha movimentação.
— De longe, Sarah viu uma espécie de fumaça vindo do porto.