Jeanne: Bússola Moral

Não querendo misturar-se com piratas - ainda - Jeanne e Dalton procuraram um lugar diferente para se hospedar, conheceram Porto Real e viram que aquela ilha, por mais que fosse lar de muitos piratas, era o lugar mais seguro possível que eles poderiam estar após os eventos de Liliput. Ambos passaram o resto dos dias ali, tentando negociar, fazer o nome deles e até mesmo começar a crescer por suas próprias pernas por ali.
   
Ambos se encontravam quase que sem saída ao não entender como funcionava o meio de negócio da pirataria, mas acabaram por receber um ótimo tutor, Fernando, que dedicou parte do seu tempo a ensinar a garota como as coisas funcionavam. Ele, antes de passar para ela qualquer serviço, fizera um pedido simples: Consiga um novo companheiro. Jeanne acataria com esse pedido? Ou preferiria agir por conta própria e com a companhia de Dalton?

Independente de sua decisão, lá estava ela, no bar no primeiro andar de onde estava hospedada, um lugar onde somente civis daquela ilha iam e bebiam. Com bem menos baderna do que o bar do Pérola Negra.

Becca fazia uma cara de decepção ao ouvir as palavras de Jeanne. Ela conseguia fazer desfeita até mesmo da única pessoa que resolveu ajudá-la de bom grado. Um olhar triste paira olhando para a porta até ela virar para Dalton e dizer Alguns dos novatos simplesmente... Ela não continua dizendo nada.

Todos no bar começam a rir depois disso, eles não conseguiam acreditar em tudo o que acabavam de ver, antes de Dalton sair, Becca finalizava   O problema de vocês é acharem que sabem de tudo. Que conseguem tudo e da maneira que querem. A arrogância de vocês não os fizeram perceber que Fernando tinha tirado parte do pagamento do bolso dele para ajudar a loira. Não se trata de questões financeiras de terceiros ou egoísmo, o mundo é assim, tudo tem um custo e para arranjar a pessoa que vocês precisavam, além de trazer ela aqui também teria. Devolverei o dinheiro do Fernando, você estão por conta própria novamente. Ela fecha a cara, decepcionada. Ela bate duas vezes com uma caneca de madeira no balcão e todos no bar paravam de rir.

Dalton sai do bar e encontra Jeanne do lado de fora.

Sem conseguir o tripulante de vocês, sobrou a opção de vocês mesmo agirem por conta própria nos mares. Vocês tinham a canhoneira de vocês e, apesar de não ter muitos equipamentos, poderiam planejar algo ou conseguir um serviço com algum mercador, fazer a fama de vocês de alguma maneira e virar os mares de cabeça para baixo.

Vocês olham para o centro de Porto Real e podem ver o comércio bem movimentado.

Estava no fim da tarde, o sol quase se pondo e agora o comércio estava diminuindo seu ritmo. Alguns dos lojistas encerrando o serviço, mas aquele que você procurava se mantinha firme. O armeiro não estava produzindo nada, mas aparentava estar organizando os itens à exposição. Ele parecia concentrado.

Ele lhe encara assim que a pergunta é feita, vai até você e responde Tenho algumas coisas novas aqui sim, espere aí Ele vai até os fundos da loja dele e você começa a ouvi-lo revirando algumas coisas, sons de madeira e som de metal caindo.

Ele vem trazendo os itens até a bancada e, após dispor eles para ti, ele pergunta Interesse em alguma coisa? Ele ergue uma das sobrancelhas Ou tem outra coisa em mente?

Wilhelm guarda os itens atrás do balcão e te encara, sem demonstrar nenhum sentimento negativo ele te responde, É complicado, mas acho que entendo seu sentimento. Acho que você precisa trabalhar um pouco para mudar o ambiente, o que acha? Ele pega debaixo do balcão um papel grande, parecido com um mapa. Ele coloca acima do balcão e estende para que você veja Isso aqui fica no meio do mar. Um rapaz ficou responsável de ir buscar uns materiais para eu continuar a forjar minhas armas. Acredito que ele não vai lidar sozinho com o bloqueio da marinha, você conseguiria ajudá-lo? Pagarei bem.

Ele aponta para fora da loja e diz Ele foi preparar as coisas e iria para Doca buscar um barco com Fernando. Talvez você o encontre indo para lá Ele agora começava a pegar os itens que tinha mostrado para Jeanne de volta para os fundos da loja.

Vocês caminham de volta para as Docas, onde encontra um homem indo diretamente falar com Fernando, ele parecia estar com pressa pela leitura dos movimentos que ele fazia enquanto falava com o gigante. Vocês reparam em suas vestes, ele portava roupas extremamente elegantes, que destacava seu bom-gosto. Um homem certamente refinado.

Seu bigode e cabelo grisalho já denunciavam ter certa experiência de vida.

Ele interrompia o papo com Fernando e olhava para a loira, ele te encara de baixo a cima e abre um sorriso sutil   Ora, que coincidência senhorita. Estou lisonjeado de estar na presença de pessoas tão solícitas. Se o grande Wilhelm que recomendou eu irei aceitar. Ele se vira pra o Fernando e acena usando o chapéu para o mesmo. Como uma forma de agradecer pelo tempo que ele estava doando para ele.

Então me parece que não precisarei estar alugando um navio. - Ahem - Eu me chamo Marcus, vocês se chamam...? Ele esperava uma resposta e entender mais sobre vocês.

Senhorita O'Grace, Senhor Dalton. Nós iremos recuperar uma carga confiscada pela marinha. Um navio estava a caminho de Porto Real, navio este portando minérios para meu amigo Wilhelm e, infelizmente, aqueles vis e cruéis marinheiros roubaram o que era dele por direito. Isso é uma pena, não é mesmo?  Ele após falar demonstrava uma face um pouco triste, batendo palmas ao fim daquela frase e animando o rosto novamente.   Porém, infelizmente não poderei ser tão útil em combate, eu sou um homem mais voltado para o Diálogo, é por isso que eu preciso de vocês. Caso vocês não estivessem aqui, meio que eu teria que convencê-los de outra maneira bem mais trabalhosa.

Ele dá uma risada tímida ao ouvir Não, Sr. Fernando iria apenas me alugar um navio. Iremos nós três. Ele começa a andar na direção de vocês E então, onde está o navio de vocês? Ele cruza os braços e olha os arredores buscando pelo barco de vocês.